quinta-feira, 25 de julho de 2013

Para as Princesas e Príncipes que este ano vão ser caloiros numa das muitas universidades do nosso país:


Não tenham medo. 

Não tenham medo das praxes nem dos praxantes, lembrem-se de que ninguém vos pode obrigar a fazer nada que vocês não queiram, se não gostarem de ser praxados e não aceitarem as brincadeiras que os praxantes vos possam fazer, desistam. Ninguém vos vai julgar por isso (eu pessoalmente adorei praxar, mas gostei ainda mais de ser praxada). Para os que resistirem à praxe, quando trajarem pela primeira vez vão sentir um orgulho enorme de pertencer à vossa Academia, vão-se sentir mais integrados que nunca.
Não tenham medo de ir viver para uma terra diferente ou de ir estudar para uma escola diferente. Não tenham medo de "sair da alçada dos vossos pais", de ficar longe dos vossos amigos ou dos vossos namorados, eles vão estar à vossa espera para matar saudades a cada fim-de-semana que vocês regressem a casa. Tudo isto faz parte do crescimento e da nossa evolução enquanto adultos. As saudades vão ser muitas, eu sei, mas pensem positivo, vão conhecer pessoas novas, travar mais amizades e dar o primeiro verdadeiro passo na vossa independência e acreditem quando terminarem o curso e tiverem de abandonar a vossa cidade académica vai vos custar muito mais do que esta fase de adaptação, não se vão querer ir embora.
Não tenham medo se os vossos resultados escolares iniciais não forem os que esperam e ambicionam. Não tenham medo de deixar uma ou outra cadeira. Afinal, os planos de estudo da maior parte das universidades são completamente diferentes dos do secundário e é natural precisarem de uma fase de adaptação aos mesmos (se bem que eu achei os planos de estudo da minha universidade muito mais fáceis que os do secundário, talvez por estar a estudar algo de que eu gostava verdadeiramente. E quando fazemos algo de que gostamos, essa tarefa tornasse muito mais fácil).
Não tenham medo de fazer asneiras, de experimentar coisas novas, de errar, de se divertirem. Aproveitem, são estas coisas que nos fazem crescer e a verdade é que nós não fomos feitos para viver numa redoma de vidro, protegidos de tudo e de todos.

Os anos em que estudei fora foram os melhores da minha vida, proporcionaram-me não só crescimento a nível intelectual, mas principalmente a nível pessoal e social. Fiz muitos disparates, cometi muitos erros, vivi coisas que nunca tinha imaginado viver, iludi-me, desiludi-me, surpreendi-me pela positiva, outras vezes pela negativa, ri, chorei, conheci pessoas espectaculares (outras nem tanto), mas tudo isto me tornou a pessoa que sou hoje, tudo isto me tornou muito mais adulta.

Os primeiros tempos podem vos parecer duros, é normal, a vossa vida vai dar uma volta de 180º, mas não desistam, muitos de vocês vão para a universidade realizar um dos vossos muitos sonhos, que vos vai permitir ingressar no mercado de trabalho na área que tanto ambicionam. Acham que isso não merece o esforço inicial?

Vão gastar muito dinheiro, é verdade. Há propinas para pagar (em alguns casos mensalmente), um aluguer de casa para pagar e todas as despesas inerentes (água, luz, gaz), há despesas de alimentação e deslocação. Os vossos pais vão estar, praticamente, a sustentar outra casa. Mas se as vossas condições financeiras não são as melhores, não tenham vergonha de se informar acerca das bolsas de estudo existentes nas vossas universidades ou autarquias (acerca disto nada sei, só que existem apoios para os alunos com mais dificuldades). Se não têm possibilidade de alugar um quarto ou uma casa, optem por morar na residência escolar, geralmente oferecem todas as condições necessárias (e não, não vos controlam, ninguém controla os vossos horários de entrada ou saída, só vos pedem que mantenham os quartos limpos e minimamente arrumados).
Se não se sentirem bem no local que escolheram para morar, se não se derem com os vossos companheiros de casa, se não gostarem da vossa universidade, do vosso curso ou dos vossos colegas de turma, não deixem andar, falem com os vossos pais e procurem encontrar a melhor solução, não se esquecem que eles são quem mais quer o vosso bem e acima de todo o dinheiro que eles possam gastar com vocês está o vosso bem-estar.

Quando chegar o vosso dia de queimar as fitas vão olhar para trás e ver que todo o esforço valeu a pena. Vão recordar todos os momentos bons do vosso percurso académico e desejar que não acabem, que o ultimo dia não chegue ao fim. O que eu não dava para que esse meu dia ainda não tivesse chegado.


P.S. Não se assustem quando algum Doutor vos mandar fazer-lhe um broche ou alguma Doutora vos pedir para lhe apalparem os peitos. Não se admirem se forem acusados de serem "carne-frsca" se se envolverem com algum doutor ou doutora ou de irem parar à Lista Negra por serem indisciplinados e desrespeitarem os vossos Doutores. LOL

24 comentários:

  1. bem, eu cá era futrica e andava com um Doutor :P para bem era alguém dizer alguma coisa, levava logo um par de estalos xD não pertenci às praxes porque não quis, mas integrei-me tão bem no grupo que até nome de caloira me deram xD mesmo sem o ser!!!!

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    1. Não quiseste ser praxada? E trajaste? Eu o que eu digo, ninguém é obrigado a ser praxado, nem toda a gente gosta, e não é por isso que são postos de lado nem ignorados.
      Eu logo na primeira semana de praxe fui parar à Lista Negra por me rir e responder na cara dos praxantes. LOL

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    2. não vesti traje...nem tinha lógica sequer comprar sem ser praxada!!! A
      única coisa que fiz (e pouco) foi ir às noitadas com o moçoilo....xD

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    3. E não queimaste? Não tiveste queima das fitas? :)
      Em noitadas em andava quase todos os dias. xD

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    4. nop...não me meti em nada disso!!! :) ou metia em tudo ou não metia em nada, certo?! :P escrevi nas fitas de toda a gente! Mas ninguém escreveu na minha xD porque nem quis comprar!!!

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    5. Sim, tens razão, não fazia sentido não participares em algumas coisas e depois querer participar noutras... Não tiveste vontade de queimar e trajar?

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    6. no primeiro ano, quando entrei não me apeteceu ir, entrei super tarde e nunca fui rapariga de ligar a essas coisas... :) nunca senti falta! Sempre me enquadrei muito bem, estava na mesma com as pessoas enquanto eram praxadas, ninguém me obrigou a entrar, mas deram-me logo nome xD dava-me com toda a gente...e acho que isso não me ia mudar em nada, não te sei explicar, não precisei disso para sair, para me integrar no grupo, para fazer amizades, para arranjar namorado xD hahaha

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    7. É uma questão de personalidade, há quem goste e há quem não ligue nada a isso, quem não dê importância. Eu por acaso gostei, foi das coisas que mais gostei na universidade. :)

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  2. Aii que saudades do meu ano de caloira :D

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  3. A faculdade e o ano de caloiro foi dos melhores da minha vida. Vou ter imensas saudades! Fizeste muito bem em ter feito este post, uma vez que grande parte das meninas vão agora para a faculdade :D

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    1. Também foram os melhores anos da minha vida. :) Obrigada. :)

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  4. R.: duvido que estas pessoas reles estejam fartas :s

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  5. Eu só fui a um dia de praxe. O teu post é o exemplo perfeito de que cada faculdade é uma faculdade.
    Eu por acaso também tenho um post sobre isto mas está nos rascunhos :p

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    1. Não gostaste de ser praxada?
      Tens de o publicar. :)

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    2. Não foi não gostar. O dia foi engraçado pelas actividades mas tudo o resto não deu para mim. Para a semana :p

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    3. Acho que fazes bem publicar. :)
      As praxes eram das coisas que eu mais gostava na minha universidade, não faltava uma. xD

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  6. Não há nada melhor do que a vida de estudante!

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  7. O meu ano de caloira foi o melhor, adorei ser praxada! Se pudesse repetia tudo outra vez, nunca tive problemas com os meus doutores e consegui conhecer imensas pessoas, foi o que me valeu nos primeiros dias :)

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    1. Eu se pudesse era caloira outra vez, tenho tantas saudades desse tempo. :/

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Never look back, if Cinderella went back to pick up her shoe, she wouldn't have become a princess ♥