Uma Morte Súbita

Genial. 

Um retrato fidedigno da sociedade actual.

"Simon tinha uma crença infantil de que o resto do mundo existe como um palco para cada um encenar o seu drama pessoal:"

"O erro que noventa e nove por cento da humanidade cometiam, tanto quanto Fats sabia, era as pessoas sentirem vergonha daquilo que eram; mentirem acerca disso e tentarem ser outra pessoa."

"As pessoas assustavam-se quando alguém era honesto; ficavam chocadas."

"O mais difícil, o mais glorioso, era ser-se a pessoa que se era realmente, mesmo que essa pessoa fosse cruel e perigosa. Havia coragem em não se disfarçar o animal que habitava em nós."

"Lembrou-se de ter dito a uma rapariga forte, numa sessão de tutoria , qua a aparência não tinha importância, que a personalidade era muito mais importante. As baboseiras que nós dizemos às crianças,..."

"Os quatro filhos tinham escrito cartas para colocar no interior do caixão, junto do pai. Mary também escrevera uma, e ia enfiá-la no bolso da camisa de Barry, por cima do coração."

"A vida encurta a cada dia e noite."

"... até se ter apercebido de que não lhe valia a pena sentir-se atraída por quem quer que fosse; até se ter apercebido de que era estranha e alvo de risotas."

"- Foder e morrer. É isso, não é? Foder e morrer. A vida é isso."

"Era tão bom ser abraçado. Se ao menos a sua relação pudesse ser destilada em simples gestos silenciosos de conforto. Porque é que os humanos tinham aprendido a falar?"


"Oh, mas só tem vinte e um anos. Não sou de desmamar bebés."

"Considerava um túmulo como um marco do lugar onde um cadáver se decompunha; um pensamento repugnante e, no entanto, metera-se na cabeça das pessoas que tinham de visitar o morto e levar flores, como se o morto pudesse ainda vir a recuperar."